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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Será?


Fico na duvida em até onde acreditar
Milagres são sinais de Fé
Feitos são conseqüência de atos
Mas e quanto à vida?

Fico incerto
No que realmente devo viver
Duvida que me leva até a sensação de cólera
Que contamina somente a mim

Que raiva tenho
Que frustração eu sinto
Em esperar que me dêem as respostas das perguntas que insisto em fazer
Começo a acreditar que devo seguir as minhas próprias respostas novamente

Na minha escuridão encontrei a minha luz
E através dela voltei ao mundo dos vivos
Mundo este em que tinha desacreditado e desistido de tentar
Logo eu que sempre manipulei tão bem a vida conforme a minha vontade

Volto e meia me pergunto
Se milagres são sinais de Fé
E um verdadeiro feito é conseqüência de nossos atos
Como fica a vida?

Por um tempo acreditei ser o melhor e nisso criei muros com cada tijolo de narcisismo de minha alma
E nessa minha crença quase matei a vida que tanto orgulhava de me ter ao seu lado
Aprendi que devo sempre buscar o melhor para mim
Mas que buscar não é conseqüência de ser, afinal sou mutável a minha vontade e isso me torna o melhor para mim mesmo

Começo novamente a desacreditar nas pessoas e em seus discurssos
Em suas políticas com mascaras e duvidas envoltas de mistérios
Mistérios estes que podem ser segredos ou pecados
Precisar de ti nem sempre é conseqüência de lhe querer

A base de uma mentira está em criar uma historia em que você é o protagonista
Você é o criador, quem manipula e quem da vida a suas falas
Porem a fraqueza da mentira esta no momento em que você deve viver na historia em que criou
E sem perceber acaba tendo que viver as regras que você mesmo inventou...irônico não é?

Volta e meia pergunto
E em conseqüência por não falarem respostas me vem à cabeça
Se milagres são sinais de Fé
E feitos são conseqüência de atos
Estou começando a entender a vida

A vida não é uma pergunta
E nem a resposta que buscamos
A vida é o que existe no meio da frase
O que dá inicio a ela ou o fim desejado
Sempre será Você

Ai novamente me contamino
Me inflo
E sou tomado pelo meu Narcisismo
Que seja bem vida enquanto mantenho minhas janelas abertas, mas que saiba se portar quando encontrar minhas portas fechadas, pois estou aprendendo a usar bem meus tijolos...

domingo, 11 de abril de 2010

Inocentes



Desejos em meio a vontades e sonhos que aconteceram
Nossos medos sendo calados pelos nossos labios
E ali eramos apenas um em meio ao mundo e as demais pessoas
Loucura dizer que havia razão no que faziamos

Eu pressionando seu corpo próximo ao meu
Loucos e tomados pelo que queriamos já não podiamos dizer que ali eramos nós
Já tinha ultrapassado o que eramos e o que fomos um dia
Perfeitos em meio a escuridão de um quarto

Há tempos eu lhe queria e assim dizer que era minha
Te contar no ouvido cafagestagens e safadezas que a tempos se calaram
E ali não havia nenhuma regra, nenhum limite e nenhuma lei
Nós criavamos o que queriamos e como iriamos querer

Seus braços quentes como nunca
Me arranharam as costas e o meu corpo enquanto apenas brincavamos
O sangue em meio ao suor não signifcava dor, mas sim o prazer da ali não estar
Nossas almas viajavam enquanto nossos corpos buscavam encaixes e segredos

Volta e meia tomavamos nossos corpos e ali não nos reconheciamos
Ali sim, eramos verdadeiros sem as marcaras da moral
Podiamos nos dizer imorais, mas naquele momento eramos tão verdadeiros
Que o que descreve melhor isso é a mais Pura inocencia

Inocencia do toque
Do beijo e da caricia
Nossos corpos quentes e suados se buscavam e se perdiam
E naquele descontrole conseguiamos o controle um do outro

Seus seios lindos, seios estes que de longe sempre amei
Tão fartos e perfeitos em suas formas unicas
Meus lábios passeavam entre seus relevos e curvas
E ali meu beijos davam forma a minha mais linda fantasia

Posso te falar que contigo tudo foi sempre único
Sempre proibido, sagrado e escondido
E em muitos momentos brincamos em locais
Que nos deixariam com a conotação de loucos
Mas nessa hora quem pode se dizer racional? Muito menos nós...

Loucos dentre nossas loucuras
Conheço cada espaço de seu corpo com meus beijos
Cada traço, cada curva e cada gosto e sensação
As guardo comigo em minha mente e na lembrança volta e meia fico excitado pelo simples pensar

Mas ali dentre a pureza de nossos sexos nomeados
Dentre a fricção criada pelo movimento de ambos os corpos
As sensações nos levavam ao apice
E nisso tentavamos sempre superar um ao outro

Seu sexo tão perfeito
Me fazia unico
Me tirava de meus problemas
E no vai e vem me trazia a solução da minha vida

Não sei se posso descrever o que tudo aquilo foi
Nem sei dizer se consigo realmente descrever
Mas sempre irei carregar aqueles momentos em minha alma
E assim como o gozo da vida, ali eu fui completo...

Saudades



Há que saudade eu sinto do que nunca fiz
Das palavras que nunca disse
Das loucuras que nunca cheguei a fazer
E dos momentos que deixei de viver

Que saudades eu tenho das pessoas que não me permiti conhecer
Dos lugares que jamais fui
Das pessoas que não amei
E das caricias que não fiz

Que saudades agora eu sinto
Dos carinhos que não recebi
Das palavras que nunca me disseram
E dos elogios que acabei não ouvindo

Saudades sabe
Da minha incencia de não saber o que era uma companhia
Da época em que ficar sozinho era tão bom
Dos amigos e das conversa sem sentido

Saudades que me dá
Quando vejo um casal e me lembro das companhias que tive
Quando vejo uma criança e lembro dos planos de filho que um dia criei
Quando vejo uma casa e me lembro da familia que hoje eu poderia ter criado

Saudades simplesmente
De tudo que poderia ter vivido
De tudo que hoje eu poderia ter
De tudo que eu poderia ser

Saudades sabe, simples e complexas saudades...

So quem se importa com a opinião dos outros é que sente vergonha...



Por enquanto
Irei seguir a linha que criarei a cada segundo
E não to nem ai
Vou reavivar o que aqui quase se foi

Vou ter a certeza que a vida é toda minha
Não to nem ai se a perder no caminho
Valorizei demais varios aspectos que perderam o motivo de existirem
Vou pular sem cordas e saltar sem asas e assim fazer com que meu coração tenha surtos de adrenalina, irei abraçar a vida dando as minha cantadas a morte...

Nunca fui de sentir vergonha de nada
Nunca fui de pensar muito em não fazer
Mas por tempos fui recioso
Marcado por um passado feliz

Vou com tudo agora
Vou quebrar algumas coisas pela frente
Será um Deus nos acuda para todos os lados meu amor
Vou enlouquecer
E nesta loucura deixar de viver tanta racionalidade

Vou tocar a marcha e acelerar de olhos fechados
Sem buzinas e sem freios
Acelerando em My way...em direção a rota 666
Quem quiser que venha comigo pois será alucinante como nunca

Sabe a sensação que há em uma montanha Russa?
A sensação da vida se desprendendo de ti
E retornando com mais viva do que nunca
Lá irei em minhas subidas e decidas de vida e em minhas idas e vindas agora com as mãos ao alto

Lá irei como um louco fugido de sua prisão manicomial
Despertando o que a razão talvez tenha enfraquecido
Sem planos e sem destinos
Vou com tudo nesta e irei quebrar os muros que criei, mesmo que tenha que sangrar os olhos batendo de cara a cada tentativa de ultrapassa-las, uma hora um dos dois terá que quebrar

Então agora minha linda
Não to nem ai
Vou reavivar o que aqui quase se foi
Serei novamente o Doido de minha própria loucura....

sábado, 10 de abril de 2010

Adentrando a minha escuridão individual



Por muito tempo eu lhe venci
Achei ter dado fim a ti e a tudo que estava ligado a você
Mas parece que novamente me tomas
E serei obrigado a novamente usar seus serviços

Sei agora que sempre esteve adormecido
A espera de que eu precisa-se de ti e em conseqüência te deixa-se a disposição a minha alma
assim a escuridão tomará conta de mim
E mais uma vez serei tomado pelo meu vazio

Para apagar a dor terei que sofrer
Para voltar novamente a alegria, alguns dias de meu mês terão que ser novamente seus
E nestes dias serei tomado pela tristeza e fraqueza
Para que nos demais dias meu vigor, orgulho e felicidade fiquem a pico

Meu assassino de sentimentos
Minha escuridão particular
Meu mal sendo utilizado para o meu bem
Com um preço alto a ser pago

Por tempos não precisei de ti e assim fui completo
Completude esta que se desfez e hoje despedaçado você faz questão de buscar sua parte
De se estabelecer, e em como uma simbiose e eu sendo seu hospedeiro tenho que viver para que você também viva não estou certo?
Então irei viver novamente como nunca, na certeza que também estarei fortalecendo a ti

Sacrificarei alguns dias de minha vida então
Já que já não posso mais lutar contra ti, lutaremos juntos
Na certeza de que em qualquer vitoria da qual eu participe em parte estarei perdendo
Pelo fato de estar lutando ao seu lado

Eu havia ganhado varias batalhas de ti
Em sua derrota você tinha se guardado ao ponto de parecer não existir
Este foi seu maior truque não é?
Bom, vamos agora a Guerra... E nas trevas serei consumido por desejar me sentir mais uma vez... Forte e iluminado...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ying Yang



Estavam praticamente um em frente ao outro
Por telas claras em salas escuras
Não conseguiam ver nada alem de imagens estáticas e sem vida
Que em vão conversam

Estes sempre foram avisados
A vida sempre procurou aconselhá-los
De que sempre haveria um pouco de um no outro
E que esta familiaridade se mal cuidada geraria conflito, pelo simples motivo de que sem equilíbrio e disparidade os iguais se repelem

Mantiveram por muito tempo suas características
Se contagiaram com a energia positiva um do outro
E entenderam grande parte dos motivos das energias negativas que ambos guardavam
Cada um com uma parte em destaque, ela era a energia positiva da qual ele precisava e ele era o lado obscuro que ela deveria conquistar para poder crescer

Lá estavam os dois novamente
Em um choque de energias e a que antes tinha a energia positiva teve pra si que sua energia lhe bastaria para ir em frente, já não mais necessitava de escuridão, sua vida deveria ser iluminada dali pra frente
O que nutria o Yang, a energia negativa que anteriormente dominava com tanta facilidade se descontrolou e mais uma vez o dominou em sua própria escuridão, novamente se viu sozinho, sem uma luz para se guiar, luz esta que era emanada por Ying
Lá estavam os dois, praticamente frente a frente... Completamente distantes por aquela tela que era a única coisa que iluminava aquela sala escura

As energias estavam agora desequilibradas, Yang não conseguia controlar suas pulsões que até antes eram o motivo de seu orgulho, Ying não parecia tão diferente aos olhos de Yang, continuava a brilhar e demonstrava ou buscava demonstrar a falta de necessidade do que um dia a fez amadurecer e aprender, não porque Yang era superior a Ying, mas porque Yang tinha conseguido lidar por anos com sofrimentos e demônios que outras pessoas sequer cogitariam a idéia de suportar; tal como o peso da vergonha, do abandono, da solidão, dos pedidos de ajuda negados pelo silencio e das expectativas nele depositadas sem ao menos incentivos para tal.
Ying precisava ao menos observar como Yang conseguia conter todos aqueles demônios em si para aprender a domar os que criou ao longo de sua vida.

Ali estavam novamente os dois, frente a frente embora tão distantes
As imagens estáticas de ambos não demonstravam nada
Muitas de suas palavras eram vazias e sem sentido
Por um motivo desconhecido ambos buscavam de algum modo se defender, sem ao menos que um tenha atacado o outro

Lá estava Yang em sua escuridão observando o reflexo inalterado de alguém que se fixou em sua alma e que por mais que este busca-se apagar, mais fazia com que reflexo brilha-se
Yang não conseguia entender o porquê daquilo, seu desejo era de estar com Ying, de compartilhar momentos e novamente recuperar a sua paz que se encontrava guardada somente em Ying.

Naquele momento de alguma forma, as energias buscavam se encontrar, sendo vetadas pelos seus respectivos donos...
Yang Lá está, esperançoso com o reflexo que vê de um dia retomar Ying em seus braços e lhe chamar mais uma vez de sua
Ying estava alegre e feliz como sempre, emanando seu espírito e o dom que os céus lhe concederam

Muitas perguntas estavam ali, prontas para serem feitas e talvez ambos já tivessem a resposta para tal desfecho, mas de modo aquela historia teria continuidade e o seu fim não parecia estar planejado para ser feito daquele modo e com aquele clima egoista de cada um com suas vontades e desejos, sem notar que o fato de estarem juntos somente duplicaria o que ambos já tem e almejam...

O destino daquelas energias estava nas mãos de ambos
Não conseguiram jamais se afastar, parte da força de cada um se encontra no outro
Talvez levem mais de uma vida para compreender isso
Que Yang em sua escuridão, narcisismo e orgulho necessita da compaixão, delicadeza e afeto que se encontram com Ying
E Ying talvez já não entendesse a importância que tem para Yang, ao ponto de já não mais compreender o que ele poderia lhe proporcionar a mais que a mesma já não tivesse, talvez não visse que tanta energia se desgasta e necessita de cuidados e atenção para continuar com toda a sua vitalidade, características estas que se encontravam com muita força em Yang.

E ali estavam praticamente um em frente ao outro e ao mesmo tempo tão distantes
Estavam ligados apenas por telas claras em salas escuras
Não conseguiam ver nada alem de imagens estáticas e sem vida
E em vão conversavam

Somente entenderam suas palavras quando estiverem um na companhia do outro
Encarando olhares
Sentindo vontades e anseios
E mais uma vez compartilhando a energia que por tanto tempo usaram para a alegria das demais pessoas que os acompanhavam, tendo estes o direito de juntos sentirem novamente suas asas, uma vez que as encontrem no equilíbrio de suas energias...

terça-feira, 6 de abril de 2010

No Silencio do nada



Eu estava lá
Contigo em minhas mãos sem bem saber o que fazer
Lá estava você e respostas já não poderia me dar
Lá estávamos os dois frente a frente e já não podia lhe perguntar mais nada

Como chegamos até aqui eu me perguntava
Como chegamos a este ponto
O que terá acontecido
Não conseguiríamos mais conversar?

Eu olhava em seus olhos
Eles já não me apontavam o seu olhar
Em frente ao abismo
Eu já não tinha mais certezas

Minhas mãos gélidas
Seu rosto ainda quente
Ambos juntos
Mas sempre tão distantes

Ali eu poderia gritar que ninguém me ouviria
Meus sussurros apenas alcançariam o nada
Então palavras já não eram necessárias
Assim como não foram úteis em algumas vezes

Ali estávamos nós novamente juntos
Eu sem saber o que fazer
E você sem nada a dizer
A vida era o que nos separava

Olhei pra ti e abaixo o abismo
Parecia que você me apontava
O que poderia nos unir
Ou seria o que me faria jamais te ver?

Já não sei o que sou pra você
Não sei se tenho o direito de estar ao seu lado
E se você merece que eu esteja contigo
Enfim já não tenho certeza alguma

Lá estávamos os dois e abaixo de nós o infinito do nada
Com um susto eu acordei, tudo tinha sido apenas um sonho
Mas agora não sei o que faria ou o que realmente desejava
Apenas me resta saber que nenhum de meus sonhos jamais será igual, graças a este sonho que me permitiu mais uma vez lhe ter em meus braços...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Desculpem os transtornos


O Blog esteve fora do ar devido a problemas no servidor.
Mas tudo foi reparado e segundo o responsavel técnico este problema não deverá ocorrer novamente...


Já foram contratadas pessoas capacitadas para assegurar que isso não aconteça mais.
Agradeço a compreensão de todos.
Cris

Simon & Garfunkel- The sound of Silence

Uma das musicas enraizadas em minha alma:


O Som do Silêncio

Olá escuridão, minha velha amiga
Eu vim para conversar com você novamente
Por causa de uma visão que se aproxima suavemente
Deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo
E a visão que foi plantada em minha mente
Ainda permanece
Entre o som do silêncio

Em sonhos agitados eu caminho só
Em ruas estreitas de paralelepípedos
Sob o halo de uma lamparina da rua
Virei minha gola para (proteger do) frio e umidade
Quando meus olhos foram esfaqueados pelo flash
De uma luz de néon
Que rachou a noite
E tocou o som do silêncio

E na luz nua eu enxerguei
Dez mil pessoas talvez mais
Pessoas conversando sem estar falando
Pessoas ouvindo sem estar escutando
Pessoas escrevendo canções
Que vozes jamais compartilharam
Ninguém ousou
Perturbar o som do silêncio

“Tolos,” digo eu, “vocês não sabem
O silêncio como um câncer cresce
Ouçam as palavras que eu posso lhes ensinar
Tomem meus braços que eu posso lhes estender”
Mas minhas palavras
Como silenciosas gotas de chuva caíram
E ecoaram no poço do silêncio

E as pessoas se curvaram e rezaram
Para o Deus de néon que elas criaram
E um sinal faiscou o seu aviso
Nas palavras que estavam se formando
E o sinal disse
“As palavras dos profetas
Estão escritas nas paredes do metrô
E nos corredores dos conjuntos habitacionais
E sussurraram o som do silêncio

Grande Super-Herói não é?



Hoje vou bancar o Super-Herói
Vou tentar lhe salvar e pegar em sua mão
Vamos juntos nos lançar no abismo
Não tenho certeza do que ira acontecer, só sei que quero estar com você

Hoje serei um salvador
Talvez tentando salvar a mim mesmo
Que vida triste a de um homem de aço
Ajudando aos outros e nem ao menos podendo pedir socorro para si mesmo

Bom à noite serei um cavaleiro das trevas
Irei lutar como e quando eu bem entender
Minha escuridão em nada se compara com o anoitecer da meia noite
Então minha linda hoje à noite comigo será dia

Vou voar pra longe de mim
Talvez para perto de você
Sei que às vezes sou invisível pra ti e mal sou notado
Mas espere para eu me tornar mal e ver o que eu faço

Hoje pelo menos serei Super-Herói
Vou colocar minha cueca sobre a minha calça e serei o Maximo
Um pouco de gel no cabelo e ninguém mais irá me reconhecer
Assim como há tempos eu mesmo não me conheço

Vou correr na velocidade da luz esperando que você veja ao menos o meu brilho
Vou ser água e aprender a me ajustar
Vou ser aço e assim me moldar
Serei Deus por uns momentos e começarei a brincar

Já não importa com quem eu luto
Me importo apenas com o que ou quem eu tento salvar
Quando decidi ser seu herói abri mão da minha vida
Afinal agora o que tenho é apenas uma identidade secreta que não me dá nem desconto no cinema

Grande Herói eu serei
Um Super-Heroi você vai ver
Irei te salvar na esperança
Que um dia alguém possa enfim me salvar...

domingo, 4 de abril de 2010

Sombras



Hoje alguém me fez me lembrar de minha infância
Da minha ingenuidade que sem perceber me fazia inocente e feliz
Ser temido por ser diferente e se isolar por não achar um igual a mim

Me senti triste ao ver quantas pessoas passaram pela minha vida
E nem ao menos conseguirem me deixar uma lembrança delas
É como ao olhar para trás eu visse varias sombras em meio a rostos conhecidos
Será que deve ser assim?

As lembranças me mostram fatos, episódios e vivencias passadas
Porem estas lembranças estão envoltas em desejos, expectativas e vontade não realizadas
Então talvez as pessoas da qual eu lembre hoje não sejam exatamente o que realmente foram
Mas sim frutos do meu pensamento aliado as minhas lembranças... Louco isso...

Me lembro de uma garota que um dia tímida me fez uma carta
Inusitadamente me aprofundei e ali por um tempo fiquei
Por medo e por não entender o que sentia me afastei
Como uma criança que foge do que não conhece, hoje podendo ser lembrada de uma forma engraçada foi algo que me impedi de um dia viver

Quanta coisa deixei de viver?
Se há a questão de destino ele em si é muito complexo de ser entendido
Tomemos que cada ato nosso modifique nosso destino, reencontrar alguém, decidir seguir um caminho diferente ao de sempre ou simplesmente não fazer o que era esperado
Somente o ato de escrever pode ser uma mudança em meu destino, afinal ao estar aqui com minhas palavras automaticamente escolho não estar em outros lugares fazendo outras coisas, ou seja; você ao ler isso mudou seu destino, pois poderia estar em outro lugar, fazendo outra coisa e conhecendo outra pessoa...

Me recordo de momentos bons
Mas ao nomeá-los como positivos me vem às lembranças ruins para me lembrar do porque de algumas lembranças ao meu ver serem boas
E ao lembrar de uma risada que há tempos eu expressei em conseqüência vem uma tristeza que me tomou...

Acredito que todas as vidas são rígidas por um símbolo, algo que as norteie em seus motivos e desejos
Tomo que meu símbolo seja o Ying Yang, que em sua base coloca que em todo o mal haverá algo de bom e vice-versa
Em toda a minha felicidade sempre haverá uma tristeza, assim como em toda a minha tristeza terá algo que me fará feliz

Independente de religião ou crédulo, o meu símbolo me mostra o que às vezes nego ver
Que tenho respostas e perguntas
Porem sei que nem sempre as quero ouvir, é como buscar sempre uma conversa ao invés de se isolar consigo mesmo e se ouvir um pouco

Porem a noite ao travesseiro não tenho como fugir
Sou eu a lembrar da minha infância
A lembrar minha época de escola
Ou a lembrar do que aconteceu ontem
Datas não são importantes, mas sim os resultados dos meus diálogos pessoais que por vezes misturam e mesclam datas em uma confusão de pensamentos e idéias

Sabe, na minha infância fui feliz sem saber de minha ingenuidade
Porem hoje já não posso negar enfrentar a maturidade que a vida me impôs
Há pessoas que se tornaram sombras em minha memória por não terem sido importantes o suficiente para merecer isso
Não posso fraquejar em minhas idéias e um dia no futuro me tornar minha própria sombra, imaginado coisas que jamais fiz ou realizações que nunca terei se não me mover

Talvez tenha aprendido a brincar com o meu destino conforme a minha vontade, mas tenha ficado por um tempo me achando adulto demais para retomar essa brincadeira...

Em minha sala..


Cai novamente
Havia sangue para onde eu olha-se
Como fui ingênuo naquele quarto, com medo do que eu via
Não percebi que todo aquele sangue era meu
Numa luta sem razão em que eu era o único a se machucar

Quanto tempo demorei a perceber
Para ao menos compreender
Uma luta em que eu finalmente havia perdido
E sem entender continuava a esmurrar o muro de minha razão

Caminhei e vi que o sangue aos poucos ia parando de escorrer pelo meu corpo
Eu sei que tenho feridas que sempre estarão abertas
E sou grato a elas,pois sempre me lembraram do porque de terem sido feitas
Carrego em meu corpo minha historia, manchado de sangue esta agora a minha poesia

É naquele mesmo quarto escuro novamente eu entrei
Lá havia os meus maiores medos
E talvez meu pior inimigo tenha sido eu mesmo
E por me tomar como meu maior inimigo, fui também quem mais se machucou

Mesmo que eu morra o amanhã ainda vai existir
Mesmo que eu sangre as pessoas continuaram com suas rotinas
Nem mesmo minhas lagrimas irão fazer com que o mundo pare de girar
Então acho que é chegada à hora de parar de lutar e enfim me adaptar

Por tempos joguei meu ódio ao vento
E de leve uma brisa me devolvia as minhas ofensas
E cego eu me machucava
Com o que eu mesmo lancei ao nada

Quem sempre ganha tem a derrota de ser temido e com o tempo não mais desafiado
O medo do homem mais forte do mundo é não encontrar mais ninguém a sua altura e assim achar que foi em vão todo o seu esforço
Mas e quando tal homem é derrotado?
Não há vergonha, eu deveria ter entendido que isso é um sinal para alegria

O quarto manchado de sangue me mostra a garra que tenho para estar vivo
E com sorte ainda pintarei todas as paredes com o meu sangue
A cada derrota lá eu estarei
E voltarei a cada vitória para ali perceber que não tenho motivos para ter mais orgulho do que me é permitido... E assim aprender com cada gota ali derramada

Algumas pessoas almejam ser poderosas
Outras querem se tornar ricas
Há quem deseje a Lua
Mas eu... Só quero poder continuar pintando o meu quarto ao meu modo e do meu jeito...

Musica-Sign By Flow


Eu percebi a dor gritante
Bem alto no meu cérebro
Mas eu estou indo em frente com essa cicatriz

Tudo bem em esquecer,Tudo bem em chorar
Eram dois corações escorregadios
Mesmo machucado eu estou bem,não sinto dor
Por que ainda tenho essas pernas

A própria confiança perdida
Faz um barulho enquanto se destruía
O perceptível som do vento
Dizia o que vinha depois da dor

Antes de ignorar todo o mundo
Lembre-se que a lágrima do céu
Protegeu você daquela dor
Essa dor sempre irá te proteger


Você pode me escutar? Sou eu....