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sábado, 18 de setembro de 2010

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Instantes em silencio
Frente ao imaginário e ao real
Posso definir de forma simples
Ou viajar na complexidade de uma definição

Posso citar passagens santas
Ou ritos de maldição
Dar graças a Deus pelo que tenho
Ou simplesmente acreditar que tudo isso deve apenas a mim

Já senti o vazio e o nada
Já mergulhei na escuridão e me banhei com o que muitos temem
Já me vi através de outras pessoas e gostei do que estava vendo
Defino a minha melhor característica a de não ter uma definição clara

Já fiz planos e montei idéias que hoje já não fazem sentido
Já me entreguei ao prazer confundindo isto com sentimentos
Estruturei um futuro em que o único a realmente viver nele era apenas eu
E celebrando a união voltei ao mundo da solidão

Já estudei mais do que podia
Esgotando a minha paz e o meu descanso
Afim de provar que estava correto em minhas idéias
E no fim a certeza e o silencio eram meus companheiros

Não tenho limites hoje eu sei
Não posso me impor barreiras
Pois eu mesmo as quebraria
Defino objetivos e ao meu modo eu cumpro eles

Vou continuar correndo
Atrás de algo que ainda não sei
Correndo em busca de algo que me falta
E por ter tanto significado talvez ainda esteja envolto de mistério

Já saltei na esperança de que não visse o chão
Já escalei sem olhar para baixo enquanto meus saltos alcançavam o céu
Estou exatamente ai
No limiar do céu e da escuridão

Anjos são anjos pela sua inocência
Anjos são anjos por não evoluírem e manterem sempre um mesmo estado
Não pense que sou um ser angelical
Apenas olhe para o que eu posso fazer

Se hoje estou onde estou
Tenho as qualidades e defeitos que tenho
Devo isso as minhas cicatrizes
Que fazem em meu corpo o livro que tenho que consultar quando tenho alguma duvida...