Busquei em minha insanidade o que me restava de razão
A loucura jamais foi meu problema
Ela sempre foi à justificativa que eu dei
Para a problemática da minha realidade
Por quanto tempo fantasiei castelos no céu
Enquanto minha casinha de barro se esvaia na chuva?
E já houve os momentos de mentira
Em que minhas historias se faziam minhas únicas verdades
Quem já lhe disse uma verdade sem nem ao menos pestanejar?
Quem já destruiu seus sonhos ao lhe trazer para o mundo real?
Eu acreditava
Sim eu já acreditei
Será que já li minhas cartas
E nem prestei atenção ao que rabisquei no canto da folha?
As palavras apagadas que busquei rasurar
Minhas verdades que calei
Nesta razão sem emoção
Nestes sentimentos de vazio
E na explicação do mundo sem a inocência de Deus ou dos anjos
Foi em que me criei
Já é tarde demais para contar tudo de novo
Para tentar consertar antigos erros
Reparar não muda o fato de eu ter errado
E foram eles somados aos meus acertos que fizeram de mim quem sou
Se existe nexo em minhas palavras
A sintaxe esteja talvez na confusão delas
Concordância entre o certo e o incerto
Fazem com que tudo isso em que penso, escrevo e viajo.
Seja talvez a alegria da perca da minha razão, mais uma vez...
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