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domingo, 23 de maio de 2010

Sendo eu mesmo....


De tudo que vivi
Tomei impulso e me pus a correr
Corri o Maximo que minhas pernas me permitiam
E no final alcancei um precipício

Sem hesitar saltei
Sem saber o que me esperava
Sem medo e sem receios
Naquela queda eu era eu mesmo, sem mascaras e sem censuras

Almas me acompanhavam e tentavam me alcançar
Mas eu estava distante demais
Rápido demais
Distante de mim mesmo

Dizem que próximo a sua morte você vê um filme de sua vida
Engraçado o meu era uma curta metragem
Sem um começo que eu lembra-se e sem o fim que eu desejava
Ali estávamos o silencio e eu em queda

Minhas asas estavam ali
Sem que ao menos eu as percebesse se abriram
Asas Negras me tomaram
E hoje sou o anjo caído

Na queda meu corpo se quebrou em inúmeras partes
Braços, pernas e minha face em meio ao sangue no chão
Aos poucos me constituía novamente
Eu não tinha ao menos o direito de poder desistir

Hoje sou um alguém diferente
No controle de minhas asas me coloco a correr
Com a certeza que não sou mais quem um dia caiu

Minhas cicatrizes me mostram que posso continuar a saltar inúmeras vezes
Não porque apenas desejo...
Mas porque sou o único a agüentar isso
Pois posso não ser o que você deseja... Mas tenho a certeza de ser o que você precisa...

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