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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Poemas antigos



Aqueles velhos poemas
Que eu achava que eram apenas desabafos
Aqueles velhos dilemas
Que eu achava que já tinham passado

Quanto tempo falando ao nada sobre você
Trocávamos de relacionamento como quem troca de sapato
Nem sei o tempo em que ficamos juntos sem ao menos perceber
Agora eu sei que é você quem deve estar ao meu lado

Antigos poemas que ficamos escrevendo
Nem notamos quando entramos um na vida do outro
Talvez essa seja a alegria de simplesmente estar vivendo
A alegria de que a cada vez que fechar os olhos ver o seu rosto

Compartilhei tantas coisas com a minha solidão
Triste e negra ao menos me dava paz
Mas agora consigo ouvir também meu coração
E esse batimento é você quem faz

Uma vez escrevi sobre um quarto escuro e frio onde as portas e janelas simplesmente não existiam e ali eu ficava fechado
Estar ali me deixava completamente triste e meu coração sangrava ainda mais nos dias eu que eu simplesmente estava em tal quarto, sozinho e sem ninguém para me proteger
Nunca soube como eu conseguia entrar em tal lugar, mas sempre acordava fora dali, não sei se outras pessoas sentiam que eu estava trancado
Ao menos agora nos dias em que estou neste quarto, sei que você e só você pode me ver

Poemas que relatam a vida, poemas que falaram um dia
Poemas que eram rosas, poemas que poderiam machucar
Ao menos neste poemas eu me sentia
Sem ninguém ouvir eu poderia falar

E com estes mesmos poemas falamos e conversamos com nossos corações
Nos olhávamos e quantas vezes nossos lábios estiveram tão perto
Maldita razão que não nos deixava ouvir nossas orações
Mas com tantas pistas o resultado já estava certo

Meus poemas me falam sobre você, me dizem o que é o seu perfume e me descrevem a sua beleza
Esses Meus poemas que me abraçam e me beijam, me dizem o quanto você me ama
Poemas que muito tempo foram aqueles que diminuíam essa minha tristeza
Estas palavras que me cobriam, que fechavam meus olhos, me davam tranqüilidade e me levavam para a cama

A cada vez que leio os poemas que você me escrevia
Vejo quanto tempo fui cego sem conseguir enxergar
Sabe é como não ouvir o que você tão alto me dizia
Quando realmente eu pude ler, as letras se diziam me amar

Aqueles velhos poemas
Que eu achava que eram apenas desabafos
Aqueles velhos dilemas
Que eu achava que já tinham passado

Quanto tempo falando ao nada
A resposta foi sempre à mesma...
Você

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